Nasci em março/1938, interior
do BRASIL. Aprendi a ler sozinha aos 6 anos. Aos 9 fazia versos. Aos 13,
amei e sofri. Aos 18 me entreguei definitivamente ao amor e aos 19 me diplomei.
Hoje - 66 anos – sei apenas poetar e amar. E nem penso em me aposentar!
IDADE
Se contarmos a idade em vida
- com suas alegrias e tormentos
–
ao invés de contar
em anos,
com certeza absoluta
eu já passei dos duzentos...
Difícil escrever um currículo...
Não sei bem se tenho um, ao menos um digno desse nome... Quando
alguém me pergunta, eu digo que "tenho diploma de primeira comunhão
e não exerço". Faculdade mesmo, só freqüentei
a da vida e ainda não consegui me diplomar. Meu bisavô materno
dizia que mulher só tem que ir pra escola até aprender a
ler receita e não errar no troco. Apesar disso, aprendi a ler com
minha avó, não como professora, mas ela lia pra mim e eu,
prestando muita atenção e acompanhando o texto, acabei aprendendo
sozinha. Foi um susto! Depois fui para a escola, só não tive
aquela do bê-a-bá, mas acabei com um papel na mão que
provava que eu tinha terminado o antigo ginásio. Iniciei o então
chamado Curso Normal, mas não terminei. Bem, não parei por
aí. Em termos de autodidatismo, estudei aplicadamente tudo que me
interessava, sempre pendendo mais para a língua e para o humanismo,
as mazelas e grandezas desta nossa espécie. Quase tudo que era interessante
na vida eu comecei a exercitar bem cedo: escrever, trabalhar e amar. De
escrever, nunca parei, a não ser quando a vida me prega peças
e eu entro em recesso, mas não me aposentei ainda. De trabalhar,
a saúde (ou a falta dela) me obrigou a me aposentar. Do amor espero
só me aposentar ao morrer, por mais que leve pauladas, não
desisto, não tomo vergonha na cara... Além do trabalho destinado
à sobrevivência (e do qual gostava muito), trabalhei sempre
como voluntária em causas sociais. Minha vocação final
se realizou quando fiz o trabalho mais importante de minha vida: com animais
carentes. Nele apostei todo o amor que cultivei e armazenei vida afora,
e essa foi minha maior glória. Nasci em Marília-SP e aqui
estou plantada ainda. Tenho 66 anos cronológicos (costumo dizer
que tenho 200 - de vivência). Tenho apenas um livrinho de poemas
publicado oficialmente, ainda assim financiado por minha mãe que
dizia não querer morrer sem ver meu nome impresso. Mas rejeito essa
"obra-prima" publicada aos 15 anos. Muito depois, lancei artesanalmente
alguns trabalhos: "O Antigo Amor de Hoje" (poesias), "Meus Bichos - Histórias
de vida" (prosa, que as crianças adotaram), "Nem Tudo é Nada"
(romance), e ainda duas pesquisas culturais nas áreas de Dança,
Artes Plásticas e Música, financiadas pela Secretaria de
Estado da Cultura. Acabo de ter dois de meus poemas premiados no Concurso
Eros de Poesia Erótica, do Site PD/Literatura. Ganhei alguns prêmios
no correr da vida, mas não saberia enumerá-los, pois nem
me lembro mais. Tenho uma linda filha de 28 anos. Tenho poucos, mas fiéis
amigos. Tive um número imenso de gatos, cachorros, tartarugas...
Hoje tenho um cão, meu companheiro Arthur. E, como todos podem ver
na "Usina
de Letras" (que eu chamo de "Site Porta Aberta"), continuo escrevendo
e amando. E é só. Acho que este é meu primeiro currículo.
Ainda bem que aqui eu tenho toda a liberdade... Desculpem a frustração...
PS: Um amigo querido leu meu Currículo
e me lembrou que não citei duas publicações. Eu não
ligo mesmo pra isso, esqueci... Mas como ele acha que devo citar, aí
vão, são duas traduções do francês, na
área de Psicologia, ambas de Anne-Marie Rocheblave-Spenlé:
"O Adolescente e seu Mundo" e "Psicologia do Conflito", Publicações
da Livraria Duas Cidades-SP, 1973 e 1974.
Alguns Poemas publicados na “Antologia
Eros”, do PD Literatura – Resultado de Concurso.
Alguns Poemas publicados na “Seleção
de Poetas Notívagos 2001” – Site da Magriça – Resultado de
Concurso.
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