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Coletânea de 
Olympia Salete Rodrigues (Sal)

Por falar em lealdade...

...quero falar de você. Você que me pescou dentro de uma garrafa perdida no mar... e me contou a história num poema. Nunca vi descrição mais real de um encontro tão certo e ocasional ao mesmo tempo. 

Eu estava me debatendo no mar da vida, talvez procurando uma garrafa para me abrigar e evitar o afogamento precoce. Escrevi a uma lista que discutia um assunto específico, contei o que pretendia ali, o que buscava. Minha angústia era o mundo, a gente toda que abria mãos de seu próprio pensamento para acreditar e se agarrar a ilusões, talvez mentiras forjadas. Quando fiz isso eu não sabia que já me colocara numa garrafa destinada ao mar. O que eu esperava? Uma resposta do mentor da lista: estava ou não aceita? Minha carta foi publicada. Para minha surpresa, várias pessoas responderam, entre elas você. E não foi por puro acaso que eu o escolhi. Senti você como especial de imediato, nem sei porque. Ou sei? Havia um toque de entrega naquela resposta. Vislumbrei uma maturidade inusitada em alguém que se dizia tão jovem. Mal sabia eu que a garrafa tinha sido encontrada, eu dentro dela, sincera e aberta. Mal sabia que eu mesma gritara por socorro lá dentro e exigira a resposta. Você entendeu e atendeu. 

Dias depois o primeiro telefonema. Apresentações nada formais para um primeiro papo. Um clima de calor que parecia familiar. Ao falarmos do assunto comum a gente entregava um ao outro conceitos de vida e de morte, alegrias e angústias de nossas almas. O papo foi longo e eu tive a certeza de que estava apenas no começo. Acertara. Os telefonemas se repetiram e, aos poucos, era como se a gente sempre se conhecera. Graças a eles o mar de minha vida encontrou calmaria. Eu já tinha com quem contar. Você me preenchia ao telefone e continuava preenchendo depois de desligar. 

Agora você me manda um poema e eu descubro o que já sabia: uma amizade sólida fora construída em tão pouco tempo que até nos assustou. Percebemos que tempo não quer dizer nada, o que manda é o afeto sincero que tivemos a coragem de valorizar e cultivar. 

Entrego o poema a você, meu leitor:
 
 

“Para Sal 

Uma mensagem, como aquelas em garrafas, 
perdida em um mar de zeros e uns, 
pedia ajuda, me chamava. 

Dos meus pensamentos não conseguia tirar, 
aquele chamamento ecoava em minha mente. 
Responder era uma questão de tempo e inspiração, 
obrigação e sentimento. 

Trazia-me, cada mensagem trocada, um novo pedido e descobertas. 
Identifiquei-me com a rementente, 
parecia que eu a procurava e ela a mim, há tempos. 

Quantas afinidades em tão pouco tempo, 
já conversávamos por telefone 
e o tempo era contado em horas ou nem era. 

Círculos, minha mente girava. 
Aquela bonita amizade era como um ímã e nós feitos de ferro. 
Muita intensidade em cada palavra trocada. 

"Sei, entendo..." Entendia e era entendido. 
Nunca tive tanta liberdade para falar e ouvir o que precisava. 
Uma amizade viciante e saudável. 

Se te ligar fosse impossível, eu me conectava em pensamento. 
Lia seus textos e admirava sua história.
Cada dia uma surpresa. 

"Oi..." era como atendia, quando entendia minha saudação apressada. 
Sinceridade... um diferencial, que para nós é a base. 
Reciprocidade. 

Novato e veterana, o tempo poderia ter sido mais generoso conosco. 
As linhas dessas vidas se tocando em suas extremidades... 
Desilusão e esperança se misturam. 

Desejo que esse encontro possa durar por muito tempo, 
Nem sempre a gente pode o que quer. 
Pouco ou muito, o que importa é que estamos marcados por esse belo encontro. 

Com muito carinho, 

William Kitzinger Costa” 
 

Você me enterneceu, William. Estamos conectados definitivamente. Não importa o tempo. Não importam as diferenças de idade. A sua juventude caiu perfeitamente em mim. A minha velhice recebeu e sorveu seu sangue novo e prenhe de vida. Isso jamais terá fim. 

E o leitor estará perguntando: e a lista de discussão? Respondo: mas quem foi que falou em lista? Ah, a lista foi só um pretexto da vida ou de nossos corações incorrigíveis...

 
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