Flor do mal (Saudade eterna)
(valsa, 1912)
Compositores: Domingos Correia e Santos Coelho
Oh ! Eu me recordo ainda, / Deste fatal dia...
Em que tu me disseste, Arminda, / Indiferente e fria.
- Eis do meu romance o fim! / - Senhor! / - Basta!
- Esquece-te de mim, / Amor.
Por que? / Não procures indagar, / A causa ou a razão?
Por que? / Eu não te posso amar? / Oh ! Nunca quis não,
Será fácil te esquecer. / Prometo,
Oh! minha flor, / Não mais ouvir falar de amor.
Eu! / Hipócrita! / Fingido coração! / De granito...
Ou de gelo... / Maldição...
Ah! / Espírito satânico! / Perverso! / Titânico chacal...
Do mal... / Num lodaçal imerso...
Sofrer! / Quanto tenho sofrido! / Sem ter uma consolação!
O Cristo também foi traído! / Por quê? / Não posso ser então...
Oh, Não !
Que importa, / O meu sofrer ferino...
Das coisas é ordem natural! / Seguindo o meu destino,
Chamar-te-ei, eternamente, / A Flor do Mal.
Sofrer! / Quanto tenho sofrido! / Sem ter uma consolação!
O Cristo também foi traído! / Por que? / Não posso ser então...
Oh, Não!
Que importa, / O meu sofrer ferino...
Das coisas é ordem natural! / Seguindo o meu destino,
Chamar-te-ei, eternamente, / A Flor do Mal....