Sarau Lítero-cultural de Rio das Pedras-SP Edição 2 - junho/2009

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Vinicius de Moraes

Homenageado: VINICIUS DE MORAES

 

“O poeta do amor”, Vinicius de Moraes (Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes) nasceu na Gávea, Rio de Janeiro, na chuvosa noite de 19 de outubro de 1913, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes (poeta bissexto) e Lydia Cruz de Moraes (exímia pianista). Em 1927 começa a compor juntamente com Haroldo e Paulo Tapajos. Bacharel em Letras, ingressa no curso de Direito (1930), formando-se três anos depois, mesma época em que conclui o curso de Oficial de Reserva e em que publica seu primeiro livro, O Caminho para a Distância. Em 1936 conhece Manoel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, que disse a seu respeito: Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural.”Agraciado com uma bolsa de estudos, vai para Oxford, Inglaterra, voltando ao Brasil em 1939 com o advento da Guerra.

Torna-se amigo de muitos escritos e poetas brasileiros, dentre eles, Cecilia Meireles, Otto Lara Rezende, João Cabral de Mello Neto. Em 1943 ingressa na carreira diplomática, ocupando o cargo de vice-cônsul na Argentina (1946). Com Orson Welles, estuda cinema nos EUA. Em 1950, após visitar o amigo Pablo Neruda no México, retorna ao Brasil onde trabalha com produções cinematográficas. Três anos depois, compõe seu primeiro samba, música e letra, Quando tu passas por mim. Neste mesmo ano, vai para a França em trabalho diplomático. Faz parceria com Tom Jobim, e tempo depois, incluindo João Gilberto, dá origem ao movimento que criaria a Bossa Nova, que viria a ser “ouvida” pela primeira vez em 1958 no LP Canção do Amor Demais. A partir de 1961 compõe com Pixinguinha e Carlos Lyra; em 62 com Baden Powel e Ari Barroso. Em 1965 vence os dois primeiros lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record. Exonerado do cargo diplomático em 1969, passa a viajar pela Europa, sempre compondo. De retorno da Europa, é acometido de derrame cerebral. Morre na manhã de 9 de julho de 1980, no Rio de Janeiro.

Bibliografia. Citamos: O Caminho para a Distância (1933), Forma e Exegese (1935), Ariana, a Mulher (1936), Poemas, Sonetos e Baladas (1946), Orfeu da Conceição (1960), Para viver um grande amor (1962), O Mergulhador (1968), História Natural de Pablo Neruda (1974), Procura-se uma rosa (teatro, 1962), A Arca de Noé (1991), Jardim Noturno – poemas inéditos (1993).

 

Antologia de Vinicius de Moraes

 

Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do meu encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

 

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

 

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

 

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

 

Soneto de Separação

De repente, do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

 

De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama.

 

De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente.

 

Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.

Minha mãe


Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora.  Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.

Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.

Confira aqui a Programação completa do Sarau Riopedrense, edição de junho/2009

 

Confira aqui a programação da primeira edição do Sarau de Rio das Pedras, em abril/2009.

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