Eu me lembro de ti, doce água a resvalar
Sobre o meu corpo inerte, prisioneiro dos
desejos,
Tantas vezes almejados, outras tantas,
reprimidos...
Eu me lembro de ti, a saciar minha sede
De ternura e de amor, minha fome de
prazeres,
Tanto tempo ansiados, outro tanto,
incontidos...
Eu me lembro de ti, a passar por minha vida
Qual a chuva de verão, desabando em
carícias,
Esplendores de mistérios, fulgurando a
imensidão...
Eu me lembro de ti, nos mais puros
pensamentos,
Melancólica saudade daqueles ternos
momentos,
Que preenchiam meus dias, enxotando a
solidão...
Andar juntos pela chuva, curtir juntos uma
ducha,
Recadinhos e surpresas de flores ao
despertar:
São pedaços de lembranças de tudo que já
vivi...
Aproveitar cada dia apenas do nosso jeito,
Deliciar-me com teus beijos, recostar-me no
teu peito...
É por isso e muito mais... que eu me lembro
de ti!