DEPOIS DA TEMPESTADE

Jenário de Fátima

Meio dia... Uma da tarde... Tempo quente...
As nuvens se avolumam, se amontoam,
Raios riscam os céus e trovões troam,
A tempestade faz-se de repente.

Mas logo a chuva cessa... águas correntes
Se escoam pelos ralos que as escoam,
O sol reaparece e as nuvens voam...
Deixando um arco-íris de presente.

A vida é feita assim... a natureza,
Alterna-se entre risos e tristeza,
Se faz por entre bens e dissabores...

Estou vivendo em plena tempestade,
Porém quero ganhar, no fim da tarde,
O encanto do meu arco-íris de mil cores!

Mirian Warttusch

Quisera deixar-te de presente, amor,
Um arco-íris que não se dissipasse.
E quando lindo, no céu, se desenhasse,
Pudéssemos tocar, de uma à uma, cada cor.

Abrindo a janela, ele então entrasse,
E tudo ficasse lindo e multicor,
Para as delícias do nosso louco amor;
E o nosso quarto, nunca mais deixasse...

Mas deslumbrados, agora, neste instante,
Em que ousamos, de forma inconstante,
Nos amar, doar, beijar e pertencer...

Nem demos conta... cores a nascer,
Nem vimos nós, batendo o coração,
Que o arco-íris, lindo, nascia em nossa mão